Correu muito bem a experiência democrática escolar.
Quando vi, no final, os adversários de há pouco a cumprimentarem-se cordialmente, pensei: «Espero não me arrepender mais tarde...posso ter ajudado alguém a iniciar uma carreira política...»
Será que as palavras ficam presas no tempo? Terão as palavras alguma coisa a ver com a moda, efémera e volátil? Evocações do passado também poderão ser palavras que, outrora, marcaram tanto o nosso quotidiano como o som do chiar do baloiço, o pregão da “língua da sogra” na praia ou o cheiro do cozido à portuguesa ao domingo?... Procurar e (re)contextualizar palavras, embalarmo-nos nelas, divagar sobre elas, são alguns dos objectivos deste projecto. Por puro prazer!
2 comentários:
O analfabeto político
O pior analfabeto
É o analfabeto político,
Ele não ouve, não fala,
nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo de vida,
o preço do feijão, do peixe, da farinha,
do aluguel, do sapato e do remédio
dependem das decisões políticas.
O analfabeto político
é tão burro que se orgulha
e estufa o peito dizendo
que odeia a política.
Não sabe o imbecil que,
da sua ignorância política
nasce a prostituta, o menor abandonado,
e o pior de todos os bandidos,
que é o político vigarista,
pilantra, corrupto e o lacaio
das empresas nacionais e multinacionais.
Bertolt Brecht
Ensinar a pensar política, a ler a sociedade e a pensar soluções políticas é evitar que se desenvolvam obtusos analfabetos políticos.
Beijito.
Sim, claro, vale sempre a pena. Apesar de saber que não irei concordar com alguns deles daqui a uns anos. Mas que não sejam analfabetos políticos!
Beijito
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