"Depois liga o rádio p'rá onda média
Ansiosamente remexe o botão
Em busca daquela força
Que às vezes vem numa canção
E se passarem a janis joplin
Fica acessa num repente
Põe-se a dançar em frente ao espelho
E sobe a saia acima do joelho
E vai cantando no quarto-de-banho
Aproveitando a ressonância
A vizinhança acha estranho
E até comenta a extravagância"
extracto de Balada da Fiandeira, letra de Carlos Tê, música de Rui Veloso
4 comentários:
Huuuuummmm, tanta pica enternece-me...
Venturosa de sonhar-te
Venturosa de sonhar-te,
à minha sombra me deito.
(Teu rosto, por toda parte,
mas, amor, só no meu peito!)
– Barqueiro, que céu tão leve!
Barqueiro, que mar parado!
Barqueiro, que enigma breve,
o sonho de ter amado!
Em barca de nuvem sigo:
e o que vou pagando ao vento
para levar-te comigo
é suspiro e pensamento.
– Barqueiro, que doce instante!
Barqueiro, que instante imenso,
não do amado nem do amante:
mas de amar o amor que penso!
Cecília Meireles
quando a canção apareceu ainda o "amê" passava boa música... agora já só no "fêmê" (e pouca...)
dessa época as minhas preferidas eram o "saiu para a rua" e o "ai miuda, tu pões-me fora de mim" (do lp "ar de rock") e o "sayago blues" e aquela extraordinária "clotilde" (do segundo lp da dupla veloso+tê)
olhe, chega de conversa, vou mas é ouvi-las! (...fui!)
e olhe só o que descobri:
http://www.youtube.com/watch?v=jw29yRoYQ_k
(rio abaixo, rio acima, dar aos remos num rabelo...)
Ai, que delícia, caríssimos!
Venturas, barqueiros e margens de rio!
Palavras poderosas, imagens fantásticas e a música...Dá mesmo vontade de dançat, de cantar...Ops! Lá vai a vizinhança comentar!:-)
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