sábado, 24 de janeiro de 2009

Casamento por conveniência

Carolina "Almoçadeira", (assim apelidada por todos os dia interpelar os amigos com a frase "E se fôssemos almoçar aquele restaurante?...") e Sinfrónio "Esplanadeiro" (assim conhecido por preferir sempre uma esplanada, mesmo quando o tempo se apresentava chuvoso ou frio) encontraram-se um dia...a almoçar, numa esplanada.
E foi um momento só! Foi quanto bastou para que os olhares de Sinfrónio e Carolina se cruzassem e as suas almas e corpos se desejassem, com aquela certeza e aquela urgência que não permite muitos raciocínios nem argumentações.
Desde aí, é vê-los pelas esplanadas da cidade a olharem-se amorosamente, ignorando o mundo que gira à sua volta.
Carolina costuma preferir ficar à sombra do chapéu de sol, primeiro só por ela, depois também por causa do bébé e Sinfrónio tem sempre o cuidado de escolher um lugar para todos que permita respeitar isso, mas manter-se à luz do sol que o alimenta e lhe dá energia.
A simbiose é completa: um verdadeiro casamento por conveniência!
Estarão a pensar "Não deveria ser um casamento por amor?" Pois aí é que está! Eu nunca percebi porque é que um casamento por amor difere de um casamento por conveniência - para mim o amor é bastante conveniente num casamento, parece-me mesmo um ingrediente essencial para que o casamento não seja um inconveniente na vida do casal.
Estas questões das palavras sempre me intrigam. Prefiro achar que um casamento por conveniência é aquele, como o de Sinfrónio e Carolina, em que os seus desejos, tiques e manias que incomodavam outros, se tornaram os atractivos para uma relação...muito conveniente para ambos.

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