Como combinado, regressei às 18 h para ir buscar o carro, com o vidro novo.
Paguei, recebi a factura, a garantia e quando me preparava para ir buscar o carro, o rapaz disse:
- Só um bocadinho...vou tirar as fitas.
Segui-o e aguardei.
Antes de entregar o carro, ele disse: - Agora, durante uns dois dias, não convém lavá-lo.
- Está a chover...
- Não, a chuva não tem problema. É a força dos jactos de água que não convém...
- Não percebeu: se está a chover, porque é que eu havia de lavar o carro?
Ele fez aquele ar condescendente, que caracteriza o meu estereotipo masculino em cenas relativas a veículos ou ferramentas em geral. (Era bem apessoado, o moço; pena que ostentava ter metade da minha idade...)
- Então bom fim de semana para a senhora. - encerrou ele a conversa, calando a vontade de dizer que poderia talvez haver alguém com responsabilidade cá por casa.
Meti-me no carro, enfrentei a chuva do fim de tarde e fiquei a reflectir no sorriso do moço. Devia ser parecido com o meu quando penso que alguém pode lavar religiosamente o carro, fazendo sol ou chuva.
Recordei um livro que a minha irmã leu há uns tempos: Os homens são de Marte, as mulheres de Vénus!
1 comentário:
:)
os carros entopem a Terra mas os vidros não tapam o Sol.
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