"Arpad Szenes e Vieira da Silva conheceram-se pois, nessa Paris, corria o ano de 1928, quando ambos desvendavam as linhas da pintura e da escultura da Academia Ranson, nos cursos de Bissière (...).
A admiração de Helena, despertada aquando de ouvir o humilde aspirante a pintor ensaiar breves frases que explicassem o desenho em que, então, trabalhava, haveria de ser retribuída um ano depois, quando Arpad, regressado de uma estada na cidade natal, se impressionaria profundamente com os incríveis progressos encetados pela jovem pintora. E essa admiração transmutar-se-ia em amor, numa relação tranquila e duradoura (...)."
Borges, Alexandre, Vieira da Silva e Arpad Szenes: Sensações da Luz in 1o Histórias de Amor em Portugal, pp. 78-79
Será que as palavras ficam presas no tempo? Terão as palavras alguma coisa a ver com a moda, efémera e volátil? Evocações do passado também poderão ser palavras que, outrora, marcaram tanto o nosso quotidiano como o som do chiar do baloiço, o pregão da “língua da sogra” na praia ou o cheiro do cozido à portuguesa ao domingo?... Procurar e (re)contextualizar palavras, embalarmo-nos nelas, divagar sobre elas, são alguns dos objectivos deste projecto. Por puro prazer!
domingo, 18 de março de 2012
Encontros com Amor II: A admiração mútua de Maria Helena e Arpad
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