Entre a predestinação e o livre arbítrio já muita filosofia - e outras coisas menores - se escreveu.
Há milhares de obras impressas sobre como tomar as rédeas do destino, sobre como ser forte, sobre como ser feliz com toda essa fortaleza.
Nunca descobri nenhuma sobre como ser fraco, sobre como poder descansar um pouco nos ombros de outros os nossos problemas, sobre como abrandar um pouco a luta diária.
Dou comigo muitas vezes a pensar se esta coisa da personalidade, se esta classificação que muitos fazem das pessoas em "fracas e fortes", será uma questão de vontade, de percurso ou mesmo de predestinação.
Será que não nascemos já com a sina de ser fraco ou forte, como diz o fado de Carlos do Carmo que serve de título a este post?
E, se for assim...a sina não se muda. Lê-se, conhece-se, cumpre-se.
Deu-me hoje para pensar nisto: está na moda (desde o séc. XVI) tomar o destino em mãos. Mas há aqui uma contradição irresolúvel: o destino não se muda - cumpre-se!
Ser fraco ou forte frequentemente parece que não é uma opção: é uma sina que nasceu connosco; é uma inevitabilidade (tão pesada para uns como para os outros); é uma condenação que se tem de cumprir...
2 comentários:
Será que ser forte não é apenas esconder as fraquezas e, portanto, representar um papel?
Será que ser fraco não é "apenas" ser mais sincero, ser mais "nós mesmos"?
Ai! Para estas dúvidas é que havia de haver endereços com esclarecimentos...
Devo dizer que fiquei ainda um pouco mais baralhada.
Mas obrigada pela ajuda na reflexão!
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