Acho que devia escrever qualquer coisa sobre o 1º de Maio. Sobre o dia, sobre o simbolismo...
Sinto que devia, seria adequado e coerente comigo...
Mas a única coisa em que consigo verdadeiramente pensar é na mala meia feita que está aberta sobre a cama, nos acessórios que ainda me falta reunir, no despertador amanhã de manhã a anteceder a viagem...no fim de semana grande, com turismo rural, paisagens e passarinhos e nos livros todos que proibi de me acompanhar, mais os blocos de notas, as fichas de leitura e os computadores: acompanhem-se uns aos outros, empanturrem-se de sabedoria, que eu, eu vou descansar, passear, rir e fotografar...beber o ar e a vida a golos grandes, que este tempo lisinho me apetece tanto.
Sei que devia falar do 1º de Maio, mas tenho de terminar de fazer a mala e não me importo.
Para não me sentir muito atraiçoada por mim mesma coloquei duas canções relativas ao 1º de Maio (pelo menos nas minhas recordações) no outro blog meu.
Bom Fim de Semana!
2 comentários:
Maio de 1974 (ainda no prazo de validade...) cumpria-se plenamente o refrão premonitório do Zeca: "Em cada esquina um amigo, em cada rosto igualdade"... a que se juntava em cada mão um cravo vermelho.
Não sendo feriado, todos achávamos necessário festejar – não consegui beber uma simples bica em lado nenhum. E percorri quase todo o distrito de Lisboa.
E eu que ainda não bebia bicas!...
Devia estar na fase do carioca de limão, quando acompanhava a família ao café...Nem garotos!
Nem desses nem dos outros, que os via do outro lado do muro da escola, porque, mesmo depois do 25 de Abril, a «escola primária» manteve as separações.Rapazes como colegas de escola, só no «ciclo preparatório». E foi uma emoção!
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