sábado, 4 de abril de 2009

Exagero ou Coerência?

"Quando abriu a porta de casa não estranhou a luz acesa. Tão pouco se espantou com o vulto sentado no sofá.
Sabia que, à força de tanto lá habitar, um dia iria ganhar corpo e espaço, personificar-se...
Encarou o rosto vazio; não se deixou abalar. A sua voz era firme quando disse, de forma bem pausada, para que não houvesse lugar a equívocos: «Nem pense em esticar-se nesse sofá! Sou demasiadamente egoísta para dividir o espaço, até com a minha própria solidão!»"

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