As pessoas passeiam desconsoladas debaixo dos parapeitos das varandas. Estão de ténis-botas, alguns de botas altas e muitos de cachecol.
No ano mais seco dos últimos 75 anos quebrou-se o jejum pluvial nesta semana santa, pródiga de paixão e condenatória para os que, ignorando os tempos de contenção, pensavam até exibir-se ao sol.
As paredes caiadas sustentam a esperança de sol contra o céu de chumbo.
Aqui, até o tempo de chuva é mais claro. Pois claro!
2 comentários:
Há lá coisa mais agradável do que estar na cama a ouvir o ping-ping da chuva no telhado?
UM POEMA QUE SE PERDEU
Hoje o dia é um dia chuvoso e triste
amortalhado
Naquela monotonia doente dos grandes dias.
Hoje o dia...
(a pena caiu-me das mãos)
Acabou-se o poema no papel.
Cá por dentro
Continua...
Oh! este marulhar das almas no silêncio!
Fernando Namora
Beijito, Miss.
Manhã de Verão e tarde de Inverno.
Um tempo de Paixão bipolar...quantas paixões o são?
Beijito, Mestre.
Enviar um comentário