segunda-feira, 9 de abril de 2012

794 Km depois

De novo em casa.
A patitas, liberta da grande jaula do veterinário, que foi o seu T0 de férias, está num rom-rom imparável.
Só a pasta destoa deste ambiente feliz: de boca aberta, escancarada, reclama o recheio arrumado segundo a sequência do horário - 8.15 h, 8º ano, substituição, 7º ano, almoço - o programa prosseguirá mais tarde.
E não esquecer a agenda, a pasta de Diretora de Turma, os trabalhos que ficaram por entregar...
Começa amanhã o terceiro, o último período deste ano letivo, o 20º da minha carreira. Por múltiplos factores, começa amanhã todo um novo período da minha vida.

3 comentários:

Ninguém.pt disse...


POEMINHA SOBRE O TRABALHO


Chego sempre à hora certa,
contam comigo, não falho,
pois adoro o meu emprego:
o que detesto é o trabalho.


Millôr Fernandes

Beijito, Miss.

Escrivaninha disse...

Adorei!

Beijito.

Ninguém.pt disse...

Se pudéssemos moldar à nossa vontade…

UM OFÍCIO QUE FOSSE DE INTENSIDADE E CALMA


Um ofício que fosse de intensidade e calma
e de um fulgor feliz E que durasse
com a densidade ardente e contemporâneo
de quem está no elemento aceso e é a estatura
da água num corpo de alegria E que fosse fundo
o fervor de ser a metamorfose da matéria
que já não se separa da incessante busca
que se identifica com a concavidade originária
que nos faz andar e estar de pé
expostos sempre à única face do mundo
Que a palavra fosse sempre a travessia
de um espaço em que ela própria fosse aérea
do outro lado de nós e do outro lado de cá
tão idêntica a si que unisse o dizer e o ser
e já sem distância e não-distância nada a separasse
desse rosto que na travessia é o rosto do ar e de nós próprios


António Ramos Rosa

Beijito, Miss.