domingo, 27 de maio de 2012

Se calhar estou aqui há tempo demais...

Saí do café que frequento há já 20 anos, quando reparei naquele cão...parecia abandonado. De facto, nunca o tinha visto por ali e eu conheço quase todos os animais desta cidadezinha. Coitadinho do cão!

2 comentários:

Ninguém.pt disse...


TEMPO


Tempo — definição da angústia.
Pudesse ao menos eu agrilhoar-te
Ao coração pulsátil dum poema!
Era o devir eterno em harmonia.
Mas foges das vogais, como a frescura
Da tinta com que escrevo.
Fica apenas a tua negra sombra:
— O passado,
Amargura maior, fotografada.

Tempo...
E não haver nada,
Ninguém,
Uma alma penada
Que estrangule a ampulheta duma vez!

Que realize o crime e a perfeição
De cortar aquele fio movediço
De areia
Que nenhum tecelão
É capaz de tecer na sua teia!


Miguel Torga


Beijito, Miss.

Escrivaninha disse...

A teia...o problema é a teia:é que ficamos às aranhas!

Beijito, Mestre.