Será que as palavras ficam presas no tempo?
Terão as palavras alguma coisa a ver com a moda, efémera e volátil?
Evocações do passado também poderão ser palavras que, outrora, marcaram tanto o nosso quotidiano como o som do chiar do baloiço, o pregão da “língua da sogra” na praia ou o cheiro do cozido à portuguesa ao domingo?...
Procurar e (re)contextualizar palavras, embalarmo-nos nelas, divagar sobre elas, são alguns dos objectivos deste projecto.
Por puro prazer!
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
Um Recorte da Realidade
Torre do Mosteiro de S. Gonçalo
Amarante - Portugal
Realidade Os factos são o espelho as coisas mostram- -se atravessadas pelos rios do som A poesia quebra o vidro do dia como duma cratera a voz do fogo lança os jactos
«O melhor de tudo é embarcarmos num poema... Carlos Drummond, um dia, me pôs de passageiro num poema seu. Ah, seu Carlos maquinista, até hoje ainda não encontrei palavras para agradecer-lhe... Mas que longa, longa viagem será!»
E as mensagens foram chegando como postais que desejam as melhoras. (Sendo que o melhor de tudo é qua a intenção só podia ser intuída, pois não tinha havido a informação do estado enfermo).
Já vou melhor, obrigada pelos poemas. Já consigo sair do "charco do silêncio" e um dia destes subo a bordo de um poema, para fazer uma viagem de convalescença (palavra que, só por si, merecia um post, pois tem andado arredada da literatura e dantes nela era muito presente).
5 comentários:
Realidade
Os factos
são o espelho as coisas mostram-
-se atravessadas pelos rios
do som A poesia
quebra o vidro do dia como duma
cratera a voz do fogo lança
os jactos
Gastão Cruz
Beijito, Miss.
«Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é possível fazer sentido. Eu não: quero é uma verdade inventada.»
Clarice Lispector
Beijito, Miss.
«De canto em canto
vou caindo
no charco do silêncio.»
Casimiro de Brito
Beijito, Miss.
«O melhor de tudo é embarcarmos num poema...
Carlos Drummond, um dia, me pôs de passageiro num poema seu.
Ah, seu Carlos maquinista, até hoje ainda não encontrei palavras para agradecer-lhe...
Mas que longa, longa viagem será!»
Mário Quintana
Beijito, Miss.
E as mensagens foram chegando como postais que desejam as melhoras. (Sendo que o melhor de tudo é qua a intenção só podia ser intuída, pois não tinha havido a informação do estado enfermo).
Já vou melhor, obrigada pelos poemas. Já consigo sair do "charco do silêncio" e um dia destes subo a bordo de um poema, para fazer uma viagem de convalescença (palavra que, só por si, merecia um post, pois tem andado arredada da literatura e dantes nela era muito presente).
Beijito, Mestre
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