"E ainda há quem pense que o passado é um assunto arrumado ou matéria para as falíveis artimanhas da recordação." Começa assim a coluna Par ou Ímpar, de Luis Ricardo Duarte, no JL, em que aborda o resultado de investigações recentes que contrariam a ideia comummente aceite de que Van Gogh se teria suicidado, para levantar agora a hipótese de ter sido assassinado, ainda que por acaso.
Interessam-me as suas palavras pela forma como equaciona as nossas ideias sobre o passado. No início e no fim do texto. Que remata assim: "Talvez nos permita reforçar a ideia de que o passado é assunto sério. Levanta mais problemas do que soluções. Ou não estivesse todo por arrumar."
1 comentário:
A redescoberta torna-se necessária porque apagamos evidências...
Maravilha-te, memória!
Maravilha-te, memória!
Lembras o que nunca foi,
E a perda daquela história
Mais que uma perda me dói.
Meus contos de fadas meus —
Rasgaram-lhe a última folha...
Meus cansaços são ateus
Dos deuses da minha escolha...
Mas tu, memória, condizes
Com o que nunca existiu...
Torna-me aos dias felizes
E deixa chorar quem riu.
Fernando Pessoa
Beijito, Miss.
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