domingo, 6 de novembro de 2011

Insubmissa

É uma palavra que eu quero guardar.
Talvez um dia necessite de a recordar.
Hoje de manhã, ouvi de novo o conselho (da uma décima pessoa, creio) que me incita a ir ao médico e a tomar uns antidepressivozitos, para acalmar, facilitar a integração...
E quando eu digo que não sou eu que estou errada e não tenho por isso de ser eu a relevar as coisas, as pessoas reforçam o conselho.
Talvez um dia tenha de ceder.
Talvez possa depois vir aqui recordar a minha vida anterior. Ou a minha vida, não dominada por drogas que me criem um espírito submisso ou me façam ver borboletas e passarinhos nas margens dos memorandos castradores.

1 comentário:

Ninguém.pt disse...


Ah! Como te invejo


Ah! Como te invejo,
pássaro que cantas
o silêncio das plantas
— alheio à tempestade.

Vives sem chão
ao sol a cantar
a grande ilusão
da liberdade...

(... com algemas de ar.)


José Gomes Ferreira

Beijito, Miss.