Será que as palavras ficam presas no tempo?
Terão as palavras alguma coisa a ver com a moda, efémera e volátil?
Evocações do passado também poderão ser palavras que, outrora, marcaram tanto o nosso quotidiano como o som do chiar do baloiço, o pregão da “língua da sogra” na praia ou o cheiro do cozido à portuguesa ao domingo?...
Procurar e (re)contextualizar palavras, embalarmo-nos nelas, divagar sobre elas, são alguns dos objectivos deste projecto.
Por puro prazer!
Tudo o que é pequenino tem piada e suscita ternura, excepto o ordenado, o fim-de-semana, as férias e uma ou duas outras coisas que não vêm agora ao caso...
O GATO CURIOSO
Era uma vez era uma vez um gato siamês.
Por ser muito engraçadinho, é chamado de Gatinho
Além de ser carinhoso, ele é muito curioso.
Nada se pode fazer que ele não deseje ver.
Se alguém mexe na estante, está lá no mesmo instante.
Se vão consertar a pia, está ele lá de vigia.
E o resultado é que quando viu seu dono consertando
a tomada da parede, meteu-se com tanta sede,
a cheirar tudo que – nhoque! levou um baita de um choque!
E pensa que ele aprendeu? Mais fácil aprendia eu!
Mantém-se o mesmo abelhudo que quer dar conta de tudo.
Ferreira Gullar
Beijito, Miss. Cuidado com certos "gatos", arranham mais e mais fundo do que estas fofuras...
4 comentários:
Tudo o que é pequenino tem piada e suscita ternura, excepto o ordenado, o fim-de-semana, as férias e uma ou duas outras coisas que não vêm agora ao caso...
O GATO CURIOSO
Era uma vez era uma vez
um gato siamês.
Por ser muito engraçadinho,
é chamado de Gatinho
Além de ser carinhoso,
ele é muito curioso.
Nada se pode fazer
que ele não deseje ver.
Se alguém mexe na estante,
está lá no mesmo instante.
Se vão consertar a pia,
está ele lá de vigia.
E o resultado é que quando
viu seu dono consertando
a tomada da parede,
meteu-se com tanta sede,
a cheirar tudo que – nhoque!
levou um baita de um choque!
E pensa que ele aprendeu?
Mais fácil aprendia eu!
Mantém-se o mesmo abelhudo
que quer dar conta de tudo.
Ferreira Gullar
Beijito, Miss. Cuidado com certos "gatos", arranham mais e mais fundo do que estas fofuras...
Romrrom...
«]
[…]
esse ronron em seu peito
não é doença — é carinho.»
Ferreira Gullar. em "O ronron do gatinho"
Espero que seja, Miss. Se não for, marque uma consulta...
Beijito.
Muito carinho, Mestre; não duvide.
Beijito.
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