Há 39 anos atrás pensávamos retomar a vida normal depois de um Natal «na terra» quando a morte desceu sobre a minha família, forrando de luto os anos que se seguiram.
Procurei uma memória bonita da minha infância e tropecei de ouvido na única música de Natal francesa que conheço. Tinha o disco, este mesmo disco, só que com uma capa ligeiramente diferente: uma menina loirinha ajoelhada diante do presépio. Tão igual a uma das poses das fotos de Natal lá de casa, que recebi o disco pela semelhança. Ouvi-o muitas vezes. Gostei de o encontrar no youtube e de recordar que a cachopa - que deve ser cienquentona agora - se chamava Patricia Patoune.
Falava de uma mãe natal e encaixava bem no tempo em que a palavra pai (mesmo que natal) me soava sempre a ausência.
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