Será que as palavras ficam presas no tempo?
Terão as palavras alguma coisa a ver com a moda, efémera e volátil?
Evocações do passado também poderão ser palavras que, outrora, marcaram tanto o nosso quotidiano como o som do chiar do baloiço, o pregão da “língua da sogra” na praia ou o cheiro do cozido à portuguesa ao domingo?...
Procurar e (re)contextualizar palavras, embalarmo-nos nelas, divagar sobre elas, são alguns dos objectivos deste projecto.
Por puro prazer!
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
The Story Tailler
Alcobaça, 19/8/2011
Avisem o sol e a praia que, nos próximos dias, os quero - só a eles - por companhia.
Deixo por aqui um "postal" que tem várias história para contar.
Regresso às fragas de onde me roubaram. Ah! minha serra, minha dura infância! Como os rijos carvalhos me acenaram, Mal eu surgi, cansado, da distância!
Cantava cada fonte à sua porta: O poeta voltou! Atrás ia ficando a terra morta Dos versos que o desterro esfarelou.
Depois o céu abriu-se num sorriso, E eu deitei-me no colo dos penedos A contar aventuras e segredos Aos deuses do meu velho paraíso.
Miguel Torga
Que o seu regresso Miss, seja também com um aberto sorriso um infindável contar de aventuras e segredos.
2 comentários:
Regresso
Regresso às fragas de onde me roubaram.
Ah! minha serra, minha dura infância!
Como os rijos carvalhos me acenaram,
Mal eu surgi, cansado, da distância!
Cantava cada fonte à sua porta:
O poeta voltou!
Atrás ia ficando a terra morta
Dos versos que o desterro esfarelou.
Depois o céu abriu-se num sorriso,
E eu deitei-me no colo dos penedos
A contar aventuras e segredos
Aos deuses do meu velho paraíso.
Miguel Torga
Que o seu regresso Miss, seja também com um aberto sorriso um infindável contar de aventuras e segredos.
Beijito.
Dou-te um doce
Do coco faço uma batida
Da areia faço a minha cama
Gosto de me dar à vida
Sempre que o sol me chama
Adoro estar ao pé do mar
Quando te tenho ao meu lado
Dou-te um doce
Em troca de um beijo salgado
Vou na onda que me enrola
Como um manto de água fresca
Ouço ao longe uma viola
Bebo o dia que me resta
Fica mais quente o verão
Quando te tenho ao meu lado
Dou-te um doce
Em troca de um beijo salgado
(Letra e música de Luís Pedro Fonseca)
Lena d’Água, Terra Prometida, 1986
Enviar um comentário