Será que as palavras ficam presas no tempo? Terão as palavras alguma coisa a ver com a moda, efémera e volátil? Evocações do passado também poderão ser palavras que, outrora, marcaram tanto o nosso quotidiano como o som do chiar do baloiço, o pregão da “língua da sogra” na praia ou o cheiro do cozido à portuguesa ao domingo?... Procurar e (re)contextualizar palavras, embalarmo-nos nelas, divagar sobre elas, são alguns dos objectivos deste projecto. Por puro prazer!
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4 comentários:
uma daquelas canções que soube envelhecer bem, não é? :)
Hoje deu-me umas saudades do tio Rui...
Por falar em "Kamasutra"...
Delírio
Nua, mas para o amor não cabe o pejo,
Na minha a sua boca eu comprimia.
E, em frêmitos carnais, ela dizia:
"Mais abaixo, meu bem, quero o teu beijo!"
Na inconsciência bruta do meu desejo
Fremente, a minha boca obedecia,
E os seus seios tão rígidos mordia,
Fazendo-a arrepiar em doce arpejo.
Em suspiros de gozos infinitos
Disse-me ela, ainda quase em grito:
"Mais abaixo, meu bem!" — num frenesi.
No seu ventre pousei a minha boca,
"Mais abaixo, meu bem!" — disse ela, louca.
Moralistas, perdoai! Obedeci…
Olavo Bilac
Hum!
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