Será que as palavras ficam presas no tempo?
Terão as palavras alguma coisa a ver com a moda, efémera e volátil?
Evocações do passado também poderão ser palavras que, outrora, marcaram tanto o nosso quotidiano como o som do chiar do baloiço, o pregão da “língua da sogra” na praia ou o cheiro do cozido à portuguesa ao domingo?...
Procurar e (re)contextualizar palavras, embalarmo-nos nelas, divagar sobre elas, são alguns dos objectivos deste projecto.
Por puro prazer!
Já não há mais o vagar de quando se comia sentado e devagar se caminhava até chegar a qualquer lado agora vai toda a gente sempre de mão na buzina sempre na linha da frente a tremer de adrenalina
Do meu vagar não traço rotas não tenho trilho que me prenda não tiro dados nem notas não encho uma linha de agenda do meu vagar não chego a Meca não faço nada num só dia não corto a fita da meta não vejo Roma nem Pavia
Do meu vagar sei que nunca hei-de ir longe vou aonde for preciso vou indo do meu vagar em busca do tempo perdido e se um dia o encontrar o longe não faz sentido
Do meu vagar há um nicho um pico de ilha insubmersa onde há lugar para o capricho que dá pelo nome de conversa do meu vagar a paisagem ainda tem beleza em bruto e vale mais uma palavra que mil imagens por minuto
Do meu vagar sei que nunca hei-de ir longe vou aonde for preciso vou indo do meu vagar em busca do tempo perdido e se um dia o encontrar o longe não faz sentido
Não conhecia essa. Fui à procura. E acabei no site oficial do tio Rui, onde, em permanência, tocam músicas dele. E sai-me, logo à entrada, esta, que também não conhecia. E gostei.
"Nunca voltes ao lugar Onde já foste feliz Por muito que o coração diga Não faças o que ele diz
Nunca mais voltes à casa Onde ardeste de paixão Só encontrarás erva rasa Por entre as lajes do chão
Nada do que por lá vires Será como no passado Não queiras reacender Um lume já apagado
São as regras da sensatez Vais sair a dizer que desta é de vez
Por grande a tentação Que te crie a saudade Não mates a recordação Que lembra a felicidade
Nunca voltes ao lugar Onde o arco-íris se pôs Só encontrarás a cinza Que dá na garganta nós
São as regras da sensatez Vais sair a dizer que desta é de vez"
E agora vou deixar o tio Rui a cantar, a seu bel-prazer, sem saber qual a música que se segue...vai assim acompanhando as minhas tarefas; sempre fica tudo muito melhor!
4 comentários:
Uma das menos conhecidas:
Do meu vagar
Já não há mais o vagar
de quando se comia sentado
e devagar se caminhava
até chegar a qualquer lado
agora vai toda a gente
sempre de mão na buzina
sempre na linha da frente
a tremer de adrenalina
Do meu vagar não traço rotas
não tenho trilho que me prenda
não tiro dados nem notas
não encho uma linha de agenda
do meu vagar não chego a Meca
não faço nada num só dia
não corto a fita da meta
não vejo Roma nem Pavia
Do meu vagar
sei que nunca hei-de ir longe
vou aonde for preciso
vou indo do meu vagar
em busca do tempo perdido
e se um dia o encontrar
o longe não faz sentido
Do meu vagar há um nicho
um pico de ilha insubmersa
onde há lugar para o capricho
que dá pelo nome de conversa
do meu vagar a paisagem
ainda tem beleza em bruto
e vale mais uma palavra
que mil imagens por minuto
Do meu vagar
sei que nunca hei-de ir longe
vou aonde for preciso
vou indo do meu vagar
em busca do tempo perdido
e se um dia o encontrar
o longe não faz sentido
Carlos Tê
http://youtu.be/531txIxxIlA
Beijito, Miss. Fico no meu vagar...
Não conhecia essa. Fui à procura. E acabei no site oficial do tio Rui, onde, em permanência, tocam músicas dele. E sai-me, logo à entrada, esta, que também não conhecia. E gostei.
"Nunca voltes ao lugar
Onde já foste feliz
Por muito que o coração diga
Não faças o que ele diz
Nunca mais voltes à casa
Onde ardeste de paixão
Só encontrarás erva rasa
Por entre as lajes do chão
Nada do que por lá vires
Será como no passado
Não queiras reacender
Um lume já apagado
São as regras da sensatez
Vais sair a dizer que desta é de vez
Por grande a tentação
Que te crie a saudade
Não mates a recordação
Que lembra a felicidade
Nunca voltes ao lugar
Onde o arco-íris se pôs
Só encontrarás a cinza
Que dá na garganta nós
São as regras da sensatez
Vais sair a dizer que desta é de vez"
Beijito vagaroso e sensato, ou talvez não...
E que se chama As Regras da Sensatez!
Não percebo porque é que o título foi obliterado...
E agora vou deixar o tio Rui a cantar, a seu bel-prazer, sem saber qual a música que se segue...vai assim acompanhando as minhas tarefas; sempre fica tudo muito melhor!
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