Será que as palavras ficam presas no tempo?
Terão as palavras alguma coisa a ver com a moda, efémera e volátil?
Evocações do passado também poderão ser palavras que, outrora, marcaram tanto o nosso quotidiano como o som do chiar do baloiço, o pregão da “língua da sogra” na praia ou o cheiro do cozido à portuguesa ao domingo?...
Procurar e (re)contextualizar palavras, embalarmo-nos nelas, divagar sobre elas, são alguns dos objectivos deste projecto.
Por puro prazer!
Todos sofremos. O mesmo ferro oculto Nos rasga e nos estilhaça a carne exposta O mesmo sal nos queima os olhos vivos. Em todos dorme A humanidade que nos foi imposta. Onde nos encontramos, divergimos. É por sermos iguais que nos esquecemos Que foi do mesmo sangue, Que foi do mesmo ventre que surgimos.
José Carlos Ary dos Santos
Até há pouco tempo, melhor ou pior sempre se foram respeitando os vencidos e achando legitimidade aos vencedores. Agora mudámos. Agora estão reunidas as condições para não se respeitarem nem uns nem outros. E ninguém parece importar-se com esta forma cada vez mais divisora de um todo que nunca tendo estado unido era, pelo menos, respeitador do escrutínio. Estranhíssima democracia!
Ninguém parece importar-se com coisa nenhuma, a não ser talvez, no início do ano, olhar para o calendário e perspectivar os fins-de-semana prolongados e as possíveis «pontes». Ou não fôssemos um país (há tanto tempo) chefiado por um engenheiro.
2 comentários:
Da condição humana
Todos sofremos.
O mesmo ferro oculto
Nos rasga e nos estilhaça a carne exposta
O mesmo sal nos queima os olhos vivos.
Em todos dorme
A humanidade que nos foi imposta.
Onde nos encontramos, divergimos.
É por sermos iguais que nos esquecemos
Que foi do mesmo sangue,
Que foi do mesmo ventre que surgimos.
José Carlos Ary dos Santos
Até há pouco tempo, melhor ou pior sempre se foram respeitando os vencidos e achando legitimidade aos vencedores. Agora mudámos. Agora estão reunidas as condições para não se respeitarem nem uns nem outros. E ninguém parece importar-se com esta forma cada vez mais divisora de um todo que nunca tendo estado unido era, pelo menos, respeitador do escrutínio. Estranhíssima democracia!
Beijito.
Ninguém parece importar-se com coisa nenhuma, a não ser talvez, no início do ano, olhar para o calendário e perspectivar os fins-de-semana prolongados e as possíveis «pontes». Ou não fôssemos um país (há tanto tempo) chefiado por um engenheiro.
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