quarta-feira, 16 de março de 2011

É sempre cedo...

A morte é sempre triste!
Se quando toca à porta dos novos parece injusta, também não é muito mais aceitável quando marca o fim de uma vida longa e cheia.
Poucos pensamos chegar aos 100...será uma meta atingida por poucos...mas, como não encarar com muita pena uma pessoa que morre na véspera de fazer 100 anos?
Foi assim, aqui perto, com uma velhinha maravilhosa, adorável, linda, que me disse - exactamente há um ano atrás - faço hoje 99 anos, minha menina.
Foi uma alegria (faz hoje um ano) quando a velhinha que eu tinha dado por morta quando deixara de a ver na rua, veio visitar os vizinhos no dia dos seus 99 anos, porque estava, afinal, num lar. A sua entrada para o lar teve como objectivos manter uma vida mais calma para ela e para a família que, morando longe, vivia sempre preocupada com a eventualidade de algum acontecimento lamentável, pois a velhinha vivia sozinha.
Quando vi a notícia da sua morte ontem, recordei os seus 99 anos. Foi-me assegurado por pessoas próximas que ela estava lúcida e muito animada com a enorme festa que lhe tinham prometido para o centenário.
Não sei de que morreu. Claro que, com 100 anos menos um dia, sabemos que a morte estava próxima, mas custa, pensar que, aquela doce senhora, ficou assim, à porta do centenário. Assim, ainda parece cedo...

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