Quando eu era criança este era o Dia da Mãe. Dia de N. Sra. da Conceição - tornada Padroeira e Rainha de Portugal em 25 de Março de 1646, por D. João IV, o "Restaurador" (que não Olex, entenda-se) - festejava-se também como homenagem às mães.
Depois mudou. Não sei porquê. Passou para um domingo de Maio e por isso não tem data certa.
Sempre achei que as pessoas iam esquecer-se, mas não contei com o "merchandising" que lhe está associado e que faz das montras, nessa altura, verdadeiras obrigatoriedades de nos lembrarmos das mães. Qualquer filho da mãe não pode, nesses dias, ignorar a sua condição.
A minha mãe não ia em modernices. Sempre me ensinou a respeitar as tradições. Para ela - para nós - não houve mudança. Assim, eu tinha sempre de pensar, de me lembrar autonomamente, de que neste dia lhe devia fazer ou comprar uma lembrança. Mantínhamos pois o espírito cristão (longe dos vendilhões sem templo) e assinalávamos uma data que assim parecia mais genuína, mais verdadeira, por ser nossa, diferente da de todos os outros.
Por isto tudo, para mim, o dia 8 de Dezembro será sempre o Dia da Mãe. A palavra das três letrinhas.
Aqui fica hoje uma homenagem a todas as mães, sobretudo às que vestem a palavra em maiúsculas.
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