Será que as palavras ficam presas no tempo?
Terão as palavras alguma coisa a ver com a moda, efémera e volátil?
Evocações do passado também poderão ser palavras que, outrora, marcaram tanto o nosso quotidiano como o som do chiar do baloiço, o pregão da “língua da sogra” na praia ou o cheiro do cozido à portuguesa ao domingo?...
Procurar e (re)contextualizar palavras, embalarmo-nos nelas, divagar sobre elas, são alguns dos objectivos deste projecto.
Por puro prazer!
2 comentários:
III - SÓ QUEM PUDER OBTER A ESTUPIDEZ
Só quem puder obter a estupidez
Ou a loucura pode ser feliz.
Buscar, querer, amar... tudo isto diz
Perder, chorar, sofrer, vez após vez.
A estupidez achou sempre o que quis
Do círculo banal — da sua avidez;
Nunca aos loucos o engano se desfez
Com quem um falso mundo seu condiz.
Há dois males: verdade e aspiração,
E há uma forma só de os saber males:
É conhecê-los bem, saber que são
Um o horror real, o outro o vazio —
Horror não menos — dois como que vales
Duma montanha que ninguém subiu.
Fernando Pessoa
Ó Miss, penso que nenhum verdadeiro estúpido é suficientemente inteligente para fazer uma I.V.E.
Beijito.
Pois não, Mestre. Deve ter tido muito pouco de voluntária...Era só para fazer o trocadilho.
Beijito.
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