Só nos lembramos deles quando desaparecem! Eu, pelo menos, sou assim. E sinto que é uma injustiça perante quem nos marcou as vidas, os sonhos e os posters do quarto de adolescente.
Há uns tempos, quando um dos meus sobrinhos me perguntou pelas personagens da música e do cinema que marcaram a minha adolescência, só me lembrei do Travolta e da Guerra das Estrelas. A criança - indignada face à pobreza do panorama idolar da minha juventude - disse "Só?", mas nada mais me ocorreu.
Hoje, ao ver as notícias das mortes de Michael Jackson e Farra Fawcet (não sei como se escreve e não me apetece ir ver), senti que sou muito injusta. Ambos marcaram a minha juventude: ela, o padrão de beleza que tentávamos copiar, pelo menos na moldura de rosto feita pelos caracois do cabelo (que dava uma trabalheira), ele, pelo fascínio de uma música que não sei classificar, mas sei reconhecer e pelo tipo de dança, que ocupava muita gente a ver, a tentar, a aplaudir...
E, de facto, de ontem para hoje, reconheci e perdi dois ícones da minha geração, para os quais tenho sido um público ingrato.
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