Será que as palavras ficam presas no tempo?
Terão as palavras alguma coisa a ver com a moda, efémera e volátil?
Evocações do passado também poderão ser palavras que, outrora, marcaram tanto o nosso quotidiano como o som do chiar do baloiço, o pregão da “língua da sogra” na praia ou o cheiro do cozido à portuguesa ao domingo?...
Procurar e (re)contextualizar palavras, embalarmo-nos nelas, divagar sobre elas, são alguns dos objectivos deste projecto.
Por puro prazer!
quinta-feira, 6 de setembro de 2012
Palavrador
"O papel, antes do poema, é um chão depois da chuva. O idioma do grão lavra a caligrafia do pão."
Às vezes vêm de muito longe: de fatigadas viagens, de mortes prematuras, de excessivas solidões. Mas vêm. E trazem a inicial pureza das fontes. E a lâmina do silêncio. E a desordem da noite. E a luz extenuada do olhar. Tão cúmplices, as palavras.
2 comentários:
TÃO CÚMPLICES, AS PALAVRAS
Às vezes vêm de muito longe:
de fatigadas viagens,
de mortes prematuras,
de excessivas solidões.
Mas vêm.
E trazem a inicial pureza das fontes.
E a lâmina do silêncio.
E a desordem da noite.
E a luz extenuada do olhar.
Tão cúmplices, as palavras.
Graça Pires
Beijito, Miss.
E são cúmplices quando as dizemos e quando as calamos, mas sobretudo quando as escrevemos.
Beijito, Mestre.
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