Palavra certamente motivadora para colocar como nome a uma menina recém-nascida (estou a brincar: prefiro definitivamente Hermengarda ou Cunegundes) esta é também uma palavra cativa num código línguístico restrito. Faz parte de um vocabulário – mais do que isso, de um aparelho conceptual – específico de um certo ramo das ciências. Das ciências do espírito, diriam alguns.
A Hermenêutica é a técnica de interpretar os textos, à procura da verdade. (Logo à partida se percebe que não é tarefa fácil, pois isto de escrever coisas para “tentar enrolar” os outros não é um procedimento muito recente. É aliás uma prática milenar que se vem perpetuando no tempo, diriam alguns, até, com vários melhoramentos e requintes.)
A Hermenêutica surgiu primeiramente ligada à análise e interpretação dos textos bíblicos, estendeu-se, sem grande sobressalto a todos os textos de cariz filosófico (com especial destaque para os textos jurídicos) e é actualmente uma metodologia necessária a todos os que se dedicam à História. Pela sua especificidade a interpretação dos textos bíblicos designa-se actualmentre sobretudo por Exegese, sendo o termo Hermenêutica aplicado à análise de documentos em geral, designando especialmente a interpretação que procura extrair deles “a verdade”.
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