quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Finitude e Gratidão em dia de estudos taoistas

Tudo o que começa acaba!
Dos quatro quartos em que pode dividir-se o círculo perfeito que resultou da minha decisão, um já se foi. Aí começa a perceber-se que o tempo se escoa, que tudo é finito e que aquilo que me está a saber tão bem acabará, inevitavelmente, por acabar.
Mais uma vez penso em que passamos o tempo a preocupar-nos com o futuro, que poderá nem chegar...
Quem sabe se eu não acabo antes de cumprir o círculo?
Oh! Não! Que horror!
Povoam-me agora o espírito imagens catastróficas e cataclismicas.
Mais do mesmo: adianta preocupar? Não.
Fazemos o que é possível. Ao que parece o primeiro quarto foi necessário para descansar e, sobretudo, para acreditar.
O segundo quarto parece estar a começar com mais energia e algum vislumbre de método.
Se tudo tende para a perfeição, como quero acreditar, este círculo trará tudo o que preciso. De qualquer maneira, trará o que for possível.
Para empurrar o tempo já chegam todos os outros círculos que ficaram antes deste e provavelmente os que se lhe seguirão. Mas também terão sido necessários para chegar aqui. Somos os nosso percursos e mesmo quando abandonamos um caminho não podemos renegá-lo: não poderíamos tê-lo abandonado se nunca o tivéssemos trilhado. Ele fará sempre parte de nós, do que fomos, do que somos, do que conseguimos ser.
Hoje Deus deu-me um dia magnífico, com o sol a brilhar nas águas do mar e o lugar perfeito para fazer o que mais gosto: estudar, aprender, progredir.
Tendo a pensar: se hoje fosse o último dia da minha existência ele teve momentos magníficos pelos quais me sinto muito grata.

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