domingo, 23 de novembro de 2014

Grito

Ando com uma grande nostalgia de aprender.
Sinto tanto a falta de aprender!
Envolvida e enredada entre a burocracia da escola e alguns compromissos que assumi, o tempo não chega para aprender. Aprender coisas novas, ler até cair a noite, sentir uma dor no estômago por ter deixado passar a hora da refeição, reparar que passou a hora de qualquer coisa porque estava entretida. Ler, aprender, estar, ser, sem grandes preocupações de estar a faltar a algo, de correr para determinado compromisso, de fazer o que está certo, porque sim.
Ultimamente leio mail e preencho formulários, cumpro planos e escrevo sumários. Justifico cada opção que tomo, como um doente em recuperação, que tem de, cuidadosamente, analisar cada passo perante o médico que lhe prescreveu a cura.
Estou farta! Farta!
Quero ler, escrever, não fazer nada, pensar, respirar, simplesmente. Pois só assim poderei reencontrar um caminho que seja só meu, vendo passar o rebanho na estrada bordejada pela sebe, que confere um ar natural ao redil.

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