sábado, 18 de outubro de 2014

Gula

"Quando olhou para dentro da pastelaria os seus olhos cruzaram-se com os da rapariga que comia o bolo.
Eram uns olhos lindos, castanhos-claro, expressivos e tinham uma expressão gaiata...
O creme abundante do bolo ameaçava entrar-lhe pelas narinas, fixar-se nas bochechas e ela tinha a expressão deliciada da gula, mas aflita com toda a situação.
Ele tinha de continuar a caminhar. Não podia ficar a olhar para a montra.
À noite sonhou com a rapariga com o corpo todo coberto de creme.
E depois lembrou-se: há quanto tempo não comia um bolo daqueles?"

Sem comentários: