sábado, 4 de janeiro de 2014

Congeminações sobre congelações

Com estas coisas da tecnologia os tempos, os ritmos, as tradições estão cada vez mais fluídas.
Acabei agora mesmo de ver o concerto de Ano Novo, de dia 1 de Janeiro, em Viena de Áustria.
Ainda não tinha tido tempo de ver o concerto que adoro. Uma tradição do dia 1 (ou talvez já não) e um sonho que acalento de um dia lá estar, ao vivo e a cores. Por vezes é uma emoção tão forte que me sinto lá...
Mas o que foi mesmo estranho foi o senhor da locução que, preso no tempo, me desejou boa tarde e um bom ano, neste 1º dia de 2014.
Estranho. Nem chego a saber se é bom poder fintar o tempo assim. A sensação que tenho é que somos cada vez mais escravos do tempo, essa entidade que parece esfumar-se por aí. Se dantes se parava porque não se podia perder o programa, agora deixa de se ter pretexto para parar porque se pode ver o programa em qualquer altura. Como é que eu me sinto sempre defraudada? Não era para sermos mais felizes e termos mais tempo para nós?
Podendo congelar o tempo assim...parece que fico perdida...

E, a propósito, de técnicas, tecnologias e de congelar o tempo: a Julie Andrews, que estava a ver o concerto, está quase igual a como era no filme A Música no Coração. Estranho...muito estranho.

2 comentários:

josé luís disse...

olá escrivaninha, um bom bom ano para si.
também achei isso da miss andrews muito muito estranho :) pareceu-me até que quando o barenboim desatou a cumprimentar os membros da orquestra ela estava mortinha para se levantar, abrir os braços, rodopiar e cantar "the hills are alive, with the sound of music"...

Escrivaninha disse...

Bom ano para si também!
Gostei de o rever. :-))