“Quando o relógio marcou 00 h e 01 min ela levantou-se de um pulo e marcou o nº de telefone dele.
- ‘Tou?...
- Olá! Sou eu! Queria só dizer-te que percebo perfeitamente que não alinhes nestas modernices de Dia de S. Valentim. Já não somos novos, isto são coisas parvas importadas da América…nada têm a ver connosco. Percebo perfeitamente. Completamente. Liguei mesmo para te dizer que me parece até que esta concordância nos aproxima. Sinto que temos muito em comum. Eu também sou uma pessoa tradicional; gosto de respeitar o que é nosso. Por isso aprecio - até mais - que esperes pelo Santo António para expressares o teu amor por mim. Percebes? Entendo perfeitamente que tenhas deixado passar o S. Valentim em branco e que esperes pelo Santo António para te declarares. Eu vou estar à espera. Prometo. Agora ainda espero com mais agrado. Percebo perfeitamente! Se eu fosse a ti era o que faria. Mesmo. Por isso, cá estarei, no-dia-de-Santo-António, 13 de Junho, à espera. Mesmo. Acho mesmo que é melhor. Então…adeus. Era só para dizer isto.
E desligou, antes que ele pudesse dizer algo, ou que as suas faces explodissem de tão vermelhas e tão quentes.”
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