quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

A Memória habita a Cidade

"(...) Uma descrição de Zaira tal como é hoje deveria conter todo o passado de Zaira. Mas a cidade não conta o seu passado, contém-no como as linhas da mão, escrito nas esquinas das uas, nas grades das janelas, nos corrimões das escadas, nas antenas dos para-raios, nos postes das bandeiras, cada segmento marcado por sua vez de arranhões, riscos, cortes e entalhes."

As Cidades e a Memória 3. in Calvino, Italo, As Cidades Invisíveis, Lisboa, D. Quixote, 2016 (3ªedição), pp. 18-19

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