Hoje é dia de comprar (e talvez oferecer) um livro, homenageando o seu autor.
Esta data foi fixada pela UNESCO assinalando o dia em que, em 1616, faleceram Miguel de Cervantes e William Shakespeare.
Uma vez, há uns anos atrás, aproveitando um feriado de 25 de Abril que seria talvez a uma segunda-feira, fizemos uma escapadinha até Barcelona. Qual não foi o nosso espanto quando nos deparámos - para além dos aspetos que, normalmente, já tornam Barcelona espetacular - com as ruas cheias de livros, de vozes e de flores.
Manda a tradição em Barcelona - e não sei se em toda a Catalunha - que neste dia se ofereça um livro e uma flor a quem se ama ou a quem se estima.
Havia bancas de livros por todo o lado, autores e leitores, lançando as suas palavras ao vento e aos ouvintes e flores. Todo o charme que possam imaginar em ruas cheias de livros, palavras ditas e flores!
Desde então o dia 23 de Abril sempre me emociona. Muito.
Será que as palavras ficam presas no tempo? Terão as palavras alguma coisa a ver com a moda, efémera e volátil? Evocações do passado também poderão ser palavras que, outrora, marcaram tanto o nosso quotidiano como o som do chiar do baloiço, o pregão da “língua da sogra” na praia ou o cheiro do cozido à portuguesa ao domingo?... Procurar e (re)contextualizar palavras, embalarmo-nos nelas, divagar sobre elas, são alguns dos objectivos deste projecto. Por puro prazer!
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