| Alcobaça, 19/8/2011 |
Avisem o sol e a praia que, nos próximos dias, os quero - só a eles - por companhia.
Deixo por aqui um "postal" que tem várias história para contar.
Talvez lá para Setembro...
Será que as palavras ficam presas no tempo? Terão as palavras alguma coisa a ver com a moda, efémera e volátil? Evocações do passado também poderão ser palavras que, outrora, marcaram tanto o nosso quotidiano como o som do chiar do baloiço, o pregão da “língua da sogra” na praia ou o cheiro do cozido à portuguesa ao domingo?... Procurar e (re)contextualizar palavras, embalarmo-nos nelas, divagar sobre elas, são alguns dos objectivos deste projecto. Por puro prazer!
2 comentários:
Regresso
Regresso às fragas de onde me roubaram.
Ah! minha serra, minha dura infância!
Como os rijos carvalhos me acenaram,
Mal eu surgi, cansado, da distância!
Cantava cada fonte à sua porta:
O poeta voltou!
Atrás ia ficando a terra morta
Dos versos que o desterro esfarelou.
Depois o céu abriu-se num sorriso,
E eu deitei-me no colo dos penedos
A contar aventuras e segredos
Aos deuses do meu velho paraíso.
Miguel Torga
Que o seu regresso Miss, seja também com um aberto sorriso um infindável contar de aventuras e segredos.
Beijito.
Dou-te um doce
Do coco faço uma batida
Da areia faço a minha cama
Gosto de me dar à vida
Sempre que o sol me chama
Adoro estar ao pé do mar
Quando te tenho ao meu lado
Dou-te um doce
Em troca de um beijo salgado
Vou na onda que me enrola
Como um manto de água fresca
Ouço ao longe uma viola
Bebo o dia que me resta
Fica mais quente o verão
Quando te tenho ao meu lado
Dou-te um doce
Em troca de um beijo salgado
(Letra e música de Luís Pedro Fonseca)
Lena d’Água, Terra Prometida, 1986
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