Será que as palavras ficam presas no tempo? Terão as palavras alguma coisa a ver com a moda, efémera e volátil? Evocações do passado também poderão ser palavras que, outrora, marcaram tanto o nosso quotidiano como o som do chiar do baloiço, o pregão da “língua da sogra” na praia ou o cheiro do cozido à portuguesa ao domingo?... Procurar e (re)contextualizar palavras, embalarmo-nos nelas, divagar sobre elas, são alguns dos objectivos deste projecto. Por puro prazer!
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Furo jornalístico?
A SIC descobriu uma forma de aumentar as audiências: criou um conjunto de reportagens sob o tema «Os Políticos como Nunca os Viu». Isto sim, é inovador e tem algumas potencialidades, pois, como todos os conhecemos, já ninguém os aguenta. Talvez haja esperança na forma como ainda nunca os vimos...
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1 comentário:
Talvez mostrando-os como Brecht os "fotografou"...
O analfabeto político
O pior analfabeto, é o analfabeto político.
Ele não ouve, não fala, não participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo de vida,
O preço do feijão, do peixe, da farinha
Do aluguer, do sapato e do remédio
Depende das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que
Se orgulha e enche o peito dizendo que odeia política.
Não sabe, o imbecil,
Que da sua ignorância nasce a prostituta,
O menor abandonado,
O assaltante e o pior de todos os bandidos,
Que é o político vigarista,
Pilantra, o corrupto e o espoliador
Das empresas nacionais e multinacionais.
Bertold Brecht
Não sejamos analfabetos políticos...
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